Dificuldades de relacionamento com familiares ou sócios, dispensa de empregados, planejamento estratégico de negócios, lançamento de um novo produto ou serviço no mercado, situação financeira, atendimento a clientes, fornecedores, parceiros e todas as eventuais questões sobre as empresas. Esses assuntos fazem parte de um conjunto de preocupações dos gestores, que precisam constantemente de soluções práticas que sejam eficazes para tratar cada um destes temas. As constelações sistêmicas organizacionais tratam dessas questões de forma prática e não acadêmica. Um sistema tem elementos interdependentes que equilibram a organização dentro de uma dinâmica. Vejamos os três princípios a considerar:
a) Compensação: trata-se do equilíbrio entre dar e tomar, isto é as pessoas, nas organizações dão seu trabalho e recebem o justo pagamento. Sempre que alguém recebe mais ou menos que o devido, aparece uma dificuldade que reclama o retorno ao equilíbrio. Sempre que se dá gratuitamente algo, o sistema encara dificuldades, afetando a dignidade de quem recebe.
b) Pertencimento: por estar vinculado constitutivamente à existência da organização, todos que pertencem a ela estão ligados ao seu nome, seus valores e objetivos. Trata-se do pertencimento a um grupo. Assim, se um empregado é demitido sem causa justa, todos na empresa sentirão a injustiça e o sistema desequilibra. É necessário que a causa e o efeito sejam esclarecidos para que o sistema volte ao normal.
c) Ordem: há sempre uma hierarquia a respeitar. O fundador, o presidente, diretores, gerentes e funcionários mais antigos. Reconhecer contribuições passadas não significa volta ao passado, mas reconhecer que elas existiram em outra época e devem ser honradas abrindo espaço para novas abordagens.
As Constelações Sistêmicas Organizacionais são desenvolvidas para atender às questões apresentadas por empresários e executivos. O termo “constelar” significa participar de uma reunião que envolve representantes (pessoas) que agem num contexto especial, representando situações concretas atuais. A questão é apresentada ao facilitador(a) que dirigirá os trabalhos. O grupo é posicionado pelo cliente e forma um “campo de força” que, por fim e ao cabo, demonstra a real situação apontando caminhos que levem às soluções. A física quântica explica a formação do campo de força que inclui movimentos e processos inter-relacionados. As Constelações Sistêmicas Organizacionais são, atualmente, mais uma forma para complementar a boa gestão empresarial.
João B.Sundfeld é economista, coach, consultor empresarial e constelador