A Psicogenealogia aborda os “laços invisíveis afetivos” que nos ligam aos nossos ancestrais obrigando-nos para vivenciar na nossa vida, a personificação de um mito transgeracional. Atores no palco da vida, interpretamos papéis que nos permitem manter vivas as emoções e os destinos dos nossos antepassados, conduzidos por nada mais que as “obrigações de amor” inconscientes. A psicogenealogia nos leva de volta para uma sensação animista onde os ancestrais são os espíritos que afetam nossa mente e nosso comportamento. Eles são as “entidades” contidas nos eventos que nos acontecem. Aprender como lidar com eles é fundamental conhecer-nos e nos tornar “autores dos eventos” — ou seja, autores de nossas vidas. Com a psicogenealogia, parece evidente que os antepassados afetam as reações e os comportamentos das gerações os sucederam.
As principais escolas da Psicogenealogia:
Em matéria de Psicogenealogia, se reconhecem hoje quatro escolas principais:
1 – A escola Psicogenealógica prevalentemente francesa que tem como principal destaque Anne Ancelin Schuzenberger, (aluna de Jacob L. Moreno e Françoise Dolto). Além de Vincent de Gaulejac, Ivan Boszormenij Nagy, Elizabeth Horowityz, etc.
2 – A escola de abordagem sistêmica fenomenológica alemã de Bert Hellinger e o método de Constelações Familiares.
3 – A escola de Psicobiologia Transgeracional francesa de Claude Sabbah, idealizador da Biologia Total dos Seres Vivos (BTEV) e Desprogramação Biológica e a escola de Psicobiologia Transgeracional inglesa, tendo como autor principal Rupert Sheldrake com a teoria da “presença do passado” e a hipótese dos “campos de memórias”.
4 – Escola Italiana e Suiça de Psicogenealogia e Constelação Familiar com a “abordagem imaginária” fundada por Selene Calloni Williams e idealizadora da Nonterapia. Vê o transgeracional na luz da psicologia analítica de Jung e da psicologia imaginária ou psicologia arquetípica de Hillman.
5 – Escola da Metagenealogia de Alejandro Jodorowsky é um método de análise através da árvore genealógica que permite expandir a visão de sua própria dimensão psíquica. Isso nos faz entender até que ponto o que pensamos, sentimos, desejamos ou vivemos, assim como nossos conflitos e doenças podem ser o resultado de um passado familiar, social, histórico ou educacional.