O oposto do amor é a indiferença. Quando um casal vai para a terapia e diz que não podem mais viver juntos é só observar se há algum tipo de envolvimento. Se sofrem muito, existe ainda envolvimento e as chances para a reconciliação são boas. Se já não há dor, o relacionamento está terminado e predomina a indiferença. O medo é um sentimento que se prende a algo. Se retiramos tudo aquilo no qual o medo pode se fixar, ele cresce.É mais nobre encarar diretamente as situações que provocam o medo. Se numa família falecesse o avô, seria prudente pegar a criança pela mão e dizer a ela: Veja a mão do vovô agora esta fria. Vamos enterrá-lo. Mas você poderá se lembrar sempre dele. Assim a criança pode olhar para o morto sem medo.
Os pacientes depressivos na visão de Hellinger não ficam doentes porque reprimem a raiva, mas porque reprimem a ação que levaria a solução. Só o fato de expressar raiva não liberta ninguém. A pessoa deprimida é aquela que não tomou um dos pais. Muitos se castigam por não tomarem os pais como são simplesmente fracassando em suas profissões, perdendo seus parceiros ou muito dinheiro. A depressão pode ser o vazio dos pais. A base do desenvolvimento saudável é reverenciar os pais, respeitar aquilo que eles significam e tocar a vida para sempre. Não importa como são os pais. Aquele que ousa desprezar os pais irá repetir em sua própria vida o que ele despreza. Pois é exatamente através do desprezo que ele se torna igual aos pais. Quanto mais uma pessoa rejeita os pais, mais irá imitá-los. Essa rejeição também acabará refletindo em outras áreas da vida do filho. Fazer exigências é uma forma particular de rejeitar os pais.
Quando um filho quer impor aos pais a maneira como eles dever ser e agir com os filhos, impedem a si mesmo de tomar da vida o que é essencial. Olhar para os pais e dizer: Eu sou o filho certo para você e vocês são os pais certos para mim e eu os liberto de toda a expectativa pode ser um grande caminho para a cura.