A teoria dos campos morfogenéticos pode explicar como se passa a “influência” do passado familiar para o descendente. Segundo a teoria, informações vividas por membros da mesma espécie ficam armazenadas em um campo invisível, o campo mórfico, e o conteúdo destas experiências ficam acessíveis posteriormente para membros da espécie, não importando o tempo do evento ou se houve ou não contato entre os membros. O aprendizado e a influência vem pelo campo mórfico, e não pelo convívio e contato “pessoal”. O mundialmente famoso biólogo, Rupert Sheldrake, explica o que é o campo morfogenético:
“Na década de 20, animados por um espírito holístico, vários biólogos, trabalhando independentemente, propuseram uma nova maneira de pensar a respeito da morfogênese biológica: o conceito do campo morfogenéticos, embrionários ou de desenvolvimento. Esses campos seriam semelhantes aos campos conhecidos pela física, no sentido de que corresponderiam a regiões invisíveis de influência, dotadas de propriedades inerentemente holísticas, mas constituiriam um novo tipo de campo desconhecido pela física. Estariam dentro dos organismos e em torno deles, e conteriam dentro de si mesmos uma hierarquia aninhada de campos dentro de campos – campos de órgãos, campos de tecidos, campos de células. À semelhança das enteléquias, os campos morfogenéticos atraem os sistemas em desenvolvimento em direção aos seus fins, metas ou representações contidos dentro deles próprios. Matematicamente, os campos morfogenéticos podem ser modelados em termos de atratores encerrados dentro de bacias de atração.”
Rupert Sheldrake é um biólogo, bioquímico, parapsicólogo, escritor e palestrante inglês; mais conhecido por sua teoria da morfogênese. Pesquisador em bioquímica e fisiologia vegetal, descobriu junto com Philip Rubery, o mecanismo de transporte da auxina. Participou, na Índia, do desenvolvimento de técnicas de cultivo no semi-árido hoje usadas amplamente.De volta à Grã-Bretanha, tem-se dedicado a escrever, dar palestras e pesquisar um modelo de desenvolvimento teleológico, do qual faz parte a teoria dos campos morfogenéticos. Entre seus livros estão O renascimento da natureza, Cães sabem quando seus donos estão chegando e A sensação de estar sendo observado.
Ligou-se, como pesquisador, ao Institute of Noetic Sciences, dos Estados Unidos (Califórnia).
De volta a Cambridge, obteve seu Ph.D. em bioquímica. Tornou-se professor no Clare College, onde foi diretor de estudos em bioquímica e biologia celular. Como pesquisador da Royal Society estudou o desenvolvimento vegetal e o envelhecimento de células no Departamento de Bioquímica da Cambridge University, tendo descoberto, com Philip Rubery o mecanismo de transporte da auxina (o processo pelo qual esse hormônio é transportado das gemas até as raízes).Nascido em Newark-on-Trent, na Inglaterra, Sheldrake estudou em uma escola anglicana, e foi estimulado no seu interesse por plantas e animais por seu pai, um naturalista e microscopista amador. Recebeu uma bolsa para estudar Ciências Naturais no Clare College (Cambridge), onde se graduou com distinção e recebeu o Prêmio Universitário de Botânica. Recebeu então uma bolsa do Frank Knox Memorial Fellowships para estudar filosofia e história da ciência emHarvard, entrando em contato com o recém-publicado A estrutura das revoluções científicas , de Thomas Kuhn.
É pesquisador e diretor do Perrott-Warrick Project, administrado pelo Trinity College, Cambridge, que estuda habilidades humanas e animais não explicadas. É também pesquisador do Institute of Noetic Sciences, perto de San Francisco, EUA e professor visitante e diretor acadêmico do Holistic Thinking Program do Graduate Institute, em Connecticut .
Artigos científicos – publicou artigos sobre os temas:
- produção de hormônios em plantas
- transporte de auxina em plantas
- diferenciação celular
- envelhecimento e morte de células
- fisiologia de culturas agrícolas
- ressonância mórfica
- efeitos do experimentador sobre o experimento
- a sensação de estar sendo observado
- poderes inexplicados dos animais
- telepatia